Análise crítica ao Modelo de Auto- Avaliação da BE
Tarefa 2
«Uma escola sem Biblioteca e como uma Biblioteca sem livros»
Professor Marçal Grilo
1. Introdução
Na escola do séc. XXI a Biblioteca escolar assume um protagonismo cada vez mais evidente. A biblioteca escolar constitui deste modo um contributo essencial para o sucesso educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino e para a aprendizagem. Promovendo assim o prazer e o hábito da leitura, bem como as demais literacias
De acordo com Ross Todd (2002), se a BE não contribuir para o aumento da literacia da comunidade escolar, com o consequente reflexo na melhoria dos resultados da avaliação dos alunos, a BE não cumpre a sua missão na escola; poderá estar muitíssimo bem equipada, poderá ser um espaço de lazer ou de trabalho, destinado a fazer, mas não a ajudar a tornar-se e a ser.
Pois a missão primordial da BE é independentemente do espólio e das condições físicas do espaço conseguir transformar a informação em conhecimento, munindo assim os futuros cidadãos com as armas necessárias ao saber-fazer, saber-ser, e saber-estar. Pois num mundo em constante transformação só pode ser enfrentado com competências de acção, saber agir.
2.O modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares constitui uma prática pedagógica cujo objectivo é:
“Avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.”
(Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, 2008).
A sua aplicação não constitui um fim em si mesmo, mas um processo que permite obter um quadro referencial sobre as competências desenvolvidas na BE e que benefícios ou constatações se podem inferir deste serviço. Pois da sua análise se pode rever, reformular e adaptar «o plano de desenvolvimento de acordo com os pontos fracos e fortes sobre os quais se orientará o estabelecimento de objectivos e prioridades, de acordo com um a perspectiva realista face à BE e ao contexto em que se insere» (Texto da Sessão). Pois só se pode inquirir do valor real de uma actividade se a avaliarmos.
3.Pertinência da existência de um modelo de auto-avaliação para a BE
A noção de valor não é intrínseca às coisas, tem a ver com a experiência que se retira delas. Deste modo não podemos encarar a avaliação como uma ameaça mas sim como uma oportunidade, como um instrumento de melhoria contínua e uma aliança entre prática e análise reflexiva.
A auto-avaliação não é uma ameaça, pode ser uma grande oportunidade.
O modelo de auto-avaliação aponta para uma reflexão orientada para a mudança, implica um envolvimento colectivo com os órgãos de gestão e de decisão pedagógica. Não se pode entender como um acontecimento, mas sim como um processo e constante reflexão e mudança.
Para isso precisamos de conhecer o que estamos a fazer, para perspectivar o que vamos fazer a seguir, precisamos de planear para o desenvolvimento transformando boas ideias em boas práticas e estabelecer metas para melhorar o desempenho da BE.
Actualmente, a existência de um modelo de avaliação para as Bibliotecas Escolares, entendido como um instrumento de trabalho propiciador de uma melhoria contínua, tem toda a pertinência. Pretende-se que este modelo contribua para que as Bibliotecas Escolares se transformem em organismos capazes de melhorar os seus serviços continuamente, através da recolha sistemática de evidências. É importante aferir a eficácia dos serviços das Bibliotecas Escolares, numa época em que as tecnologias e as pressões económicas/ sociais acentuam a necessidade de fazer valer o seu papel, sendo importante avaliar o impacto que tem nas escolas e no sucesso educativo dos alunos.
4 - Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
O Modelo de Auto-Avaliação organiza-se em quatro domínios, os quais constituem as áreas nucleares do trabalho da BE e os documentos “Modelo Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares” e “Instrumentos de recolha de dados”, que fornecem o apoio metodológico necessário para que seja feita a auto-avaliação e se implementem as acções para a melhoria, caso se considere necessário/desejável melhorar o desempenho da BE.
O documento deve ser claro e facilmente perceptível por Conselhos Executivos e Escolas, para ser encarado como um instrumento de melhoria, onde é feito o reconhecimento da BE como um espaço equipado, com um conjunto significativo de recursos e de equipamentos e, como espaço formativo e de aprendizagem. (Texto da Sessão)
5- Integração/ Aplicação à realidade da escola.
Deve ser feita uma integração institucional e programática, de acordo com os objectivos educacionais e programáticos da Escola.
Também deve ser feito um desenvolvimento de competências de leitura e de um programa de Literacia da Informação, integrado no desenvolvimento curricular. Por último, deve ser prática, a articulação com departamentos, professores e alunos na planificação e desenvolvimento de actividades educativas e de aprendizagem.
Relativamente às oportunidades, este modelo apresenta-se prático, devido à matriz que aponta itens abertos e adaptáveis a situações concretas. Aqui, é de referir o facto de, como este modelo, se alterar uma avaliação tradicionalmente centrada na gestão bibliotecária para o impacto da BE no campo do ensino – aprendizagem.
Quanto aos constrangimentos, este modelo apresenta-se muito descritivo, e não existe uma prática de recolha sistemática de evidências.
6. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.
O professor bibliotecário deve, neste processo, evidenciar as seguintes competências:
a. Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
b. Ser proactivo;
c. Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo;
d. Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;
e. Ser observador e investigativo;
f. Ser capaz de ver o todo - “the big picture”;
g. Saber estabelecer prioridades;
h. Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
i. Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
j. Saber gerir recursos no sentido lato do termo;
k. Ser promotor dos serviços e dos recursos;
l. Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens;
m. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
n. Saber trabalhar com departamentos e colegas. (Texto da Sessão)
Para a efectivação destas competências o PB deve:
- Pensar estrategicamente;
- Gerir estrategicamente, de acordo com as prioridades da escola e para o sucesso;
- Promover uma cultura de avaliação;
- Comunicar permanentemente. Articular prioridades.
Mas para que este papel se efective é necessário que determinadas condições se concretizem no ambiente escolar, destacando-se: o nível de colaboração entre o professor bibliotecário e os restantes professore na identificação de recursos e no desenvolvimento de actividades conjuntas orientadas para o sucesso do aluno; a acessibilidade e a qualidade dos serviços prestados e a adequação da colecção e dos recursos tecnológicos. Ganhando deste modo a confiança da comunidade escolar sendo visto cada vez mais como uma parceiro no processo ensino -aprendizagem.
Tarefa 2
«Uma escola sem Biblioteca e como uma Biblioteca sem livros»
Professor Marçal Grilo
1. Introdução
Na escola do séc. XXI a Biblioteca escolar assume um protagonismo cada vez mais evidente. A biblioteca escolar constitui deste modo um contributo essencial para o sucesso educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino e para a aprendizagem. Promovendo assim o prazer e o hábito da leitura, bem como as demais literacias
De acordo com Ross Todd (2002), se a BE não contribuir para o aumento da literacia da comunidade escolar, com o consequente reflexo na melhoria dos resultados da avaliação dos alunos, a BE não cumpre a sua missão na escola; poderá estar muitíssimo bem equipada, poderá ser um espaço de lazer ou de trabalho, destinado a fazer, mas não a ajudar a tornar-se e a ser.
Pois a missão primordial da BE é independentemente do espólio e das condições físicas do espaço conseguir transformar a informação em conhecimento, munindo assim os futuros cidadãos com as armas necessárias ao saber-fazer, saber-ser, e saber-estar. Pois num mundo em constante transformação só pode ser enfrentado com competências de acção, saber agir.
2.O modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares constitui uma prática pedagógica cujo objectivo é:
“Avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.”
(Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, 2008).
A sua aplicação não constitui um fim em si mesmo, mas um processo que permite obter um quadro referencial sobre as competências desenvolvidas na BE e que benefícios ou constatações se podem inferir deste serviço. Pois da sua análise se pode rever, reformular e adaptar «o plano de desenvolvimento de acordo com os pontos fracos e fortes sobre os quais se orientará o estabelecimento de objectivos e prioridades, de acordo com um a perspectiva realista face à BE e ao contexto em que se insere» (Texto da Sessão). Pois só se pode inquirir do valor real de uma actividade se a avaliarmos.
3.Pertinência da existência de um modelo de auto-avaliação para a BE
A noção de valor não é intrínseca às coisas, tem a ver com a experiência que se retira delas. Deste modo não podemos encarar a avaliação como uma ameaça mas sim como uma oportunidade, como um instrumento de melhoria contínua e uma aliança entre prática e análise reflexiva.
A auto-avaliação não é uma ameaça, pode ser uma grande oportunidade.
O modelo de auto-avaliação aponta para uma reflexão orientada para a mudança, implica um envolvimento colectivo com os órgãos de gestão e de decisão pedagógica. Não se pode entender como um acontecimento, mas sim como um processo e constante reflexão e mudança.
Para isso precisamos de conhecer o que estamos a fazer, para perspectivar o que vamos fazer a seguir, precisamos de planear para o desenvolvimento transformando boas ideias em boas práticas e estabelecer metas para melhorar o desempenho da BE.
Actualmente, a existência de um modelo de avaliação para as Bibliotecas Escolares, entendido como um instrumento de trabalho propiciador de uma melhoria contínua, tem toda a pertinência. Pretende-se que este modelo contribua para que as Bibliotecas Escolares se transformem em organismos capazes de melhorar os seus serviços continuamente, através da recolha sistemática de evidências. É importante aferir a eficácia dos serviços das Bibliotecas Escolares, numa época em que as tecnologias e as pressões económicas/ sociais acentuam a necessidade de fazer valer o seu papel, sendo importante avaliar o impacto que tem nas escolas e no sucesso educativo dos alunos.
4 - Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
O Modelo de Auto-Avaliação organiza-se em quatro domínios, os quais constituem as áreas nucleares do trabalho da BE e os documentos “Modelo Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares” e “Instrumentos de recolha de dados”, que fornecem o apoio metodológico necessário para que seja feita a auto-avaliação e se implementem as acções para a melhoria, caso se considere necessário/desejável melhorar o desempenho da BE.
O documento deve ser claro e facilmente perceptível por Conselhos Executivos e Escolas, para ser encarado como um instrumento de melhoria, onde é feito o reconhecimento da BE como um espaço equipado, com um conjunto significativo de recursos e de equipamentos e, como espaço formativo e de aprendizagem. (Texto da Sessão)
5- Integração/ Aplicação à realidade da escola.
Deve ser feita uma integração institucional e programática, de acordo com os objectivos educacionais e programáticos da Escola.
Também deve ser feito um desenvolvimento de competências de leitura e de um programa de Literacia da Informação, integrado no desenvolvimento curricular. Por último, deve ser prática, a articulação com departamentos, professores e alunos na planificação e desenvolvimento de actividades educativas e de aprendizagem.
Relativamente às oportunidades, este modelo apresenta-se prático, devido à matriz que aponta itens abertos e adaptáveis a situações concretas. Aqui, é de referir o facto de, como este modelo, se alterar uma avaliação tradicionalmente centrada na gestão bibliotecária para o impacto da BE no campo do ensino – aprendizagem.
Quanto aos constrangimentos, este modelo apresenta-se muito descritivo, e não existe uma prática de recolha sistemática de evidências.
6. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.
O professor bibliotecário deve, neste processo, evidenciar as seguintes competências:
a. Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
b. Ser proactivo;
c. Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo;
d. Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;
e. Ser observador e investigativo;
f. Ser capaz de ver o todo - “the big picture”;
g. Saber estabelecer prioridades;
h. Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
i. Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
j. Saber gerir recursos no sentido lato do termo;
k. Ser promotor dos serviços e dos recursos;
l. Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens;
m. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
n. Saber trabalhar com departamentos e colegas. (Texto da Sessão)
Para a efectivação destas competências o PB deve:
- Pensar estrategicamente;
- Gerir estrategicamente, de acordo com as prioridades da escola e para o sucesso;
- Promover uma cultura de avaliação;
- Comunicar permanentemente. Articular prioridades.
Mas para que este papel se efective é necessário que determinadas condições se concretizem no ambiente escolar, destacando-se: o nível de colaboração entre o professor bibliotecário e os restantes professore na identificação de recursos e no desenvolvimento de actividades conjuntas orientadas para o sucesso do aluno; a acessibilidade e a qualidade dos serviços prestados e a adequação da colecção e dos recursos tecnológicos. Ganhando deste modo a confiança da comunidade escolar sendo visto cada vez mais como uma parceiro no processo ensino -aprendizagem.
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